Resumen
La provisión de médicos en un número adecuado y distribuidos de manera equilibrada en el territorio es uno de los mayores obstáculos para el acceso de la población a las acciones y servicios de salud, lo que ha llevado a procesos de contratación internacional por países con déficit. Este estudio de caso múltiple comparó las estrategias jurídico-institucionales utilizadas por Angola, Brasil y Portugal para reclutar médicos cubanos, y los beneficios que genera a los países esta interacción. Previamente se seleccionaron las dimensiones de los aspectos generales del convenio de cooperación; Aspectos legales para el ejercicio de la medicina por parte de extranjeros y los beneficios generados por la cooperación firmada. Se realizó un análisis de los convenios de cooperación firmados entre los países investigados y se entrevistó a 30 personas, divididas en 4 subgrupos, compuestos por muestreo de bola de nieve. Los resultados muestran que las estrategias utilizadas por los países involucrados en la cooperación médica son en ocasiones cercanas, pero contextos específicos llevan a la búsqueda de soluciones peculiares que armonicen con la legislación vigente en cada país. Se concluye que el necesario fortalecimiento de los apoyos legales orientados a apoyar la acción estatal en el área de cooperación en salud, ya que el entorno de gobernanza es complejo y dinámico.
Referencias
Dussault G, Dubois CA. Human resources for health policies: a critical component in health policies. Hum Resour Health. 2003;1(1).
Buykx P, Humphreys J, Wakerman J, Pashen D. Systematic review of effective retention incentives for health workers in rural and remote areas: towards evidence-based policy. Aust J Rural Health. 2010; 18(3):102-9.
Dussault G, Franceschini MC. Not enough there, too many here: understanding geographical imbalances in the distribution of the health workforce. Hum Resour Health. 2006; 4:12. [citado em 16 mai 2015].
World Health Organization. World health statistics 2006 [internet]. Geneva: WHO; 2006;
Cuba. Unidad Central de Cooperación Médica. Anuário 2017. La Habana; 2017.
Osa JA. Um olhar para a saúde pública cubana. Estud av. 2011; (25)72:89-96.
Cárdenas LG. La especialidad de medicina familiar en la formación de los recursos humanos en Cuba. Mundo saúde. 2010; (34)3:404-6.
Biernacki P, Waldorf D. Snowball sampling: problem and techniques of chain referral sampling. Sociol Methods Res.1981; 10:141-63.
Handcock MS, Gile KJ. On the concept of snowball sampling. Sociological Methodology. Aug 2011;41(1).
United Nations Development Programme. Human Development Indices and Indicators: 2018 Statistical Update. Nova York: UNDP; 2018.
Index Mundi. Comparação entre países: produto interno bruto (PIB).
World Health Organization. World health statistics 2018: monitoring health for the SDGs, sustainable development goals. Geneva: WHO; 2017.
Ministério da Saúde (Angola). Memorando de apoio à Visita de Sua Excelência Senhor Ministro da Saúde a Cuba (20-24 abr 2015). Angola; 2015. 24p.
Ramalho Filho JE, Lima AEI. O Programa Mais Médicos e a cooperação trilateral Brasil-OPAS-Cuba para o fortalecimento da atenção básica no SUS. Brasil. In: Brasil. Ministério da Saúde. Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde. Saúde e Política Externa: os 20 anos da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (1998-2018). Brasília: Ministério da Saúde; 2018.
Angola e Cuba. Contrato de Prestación de Servicio de Asistencia Técnica Extranjera em ele sector de la salud. Angola; 2015.
Ordem dos Médicos de Angola. Estatuto . [citado em 10 mai 2016].
Alves SMC, Oliveira FP, Matos MFM, Santos LMP, Delduque MC. Cooperação internacional e escassez de médicos: análise da interação entre Brasil, Angola e Cuba. Ciên Saúde Colet. 2017;22(7):2223-35.
Acordo de cooperação para a prestação de serviços médicos entre Serviços Médicos Cubanos da República de Cuba e Administração Central dos Sistemas de Saúde do Ministério da Saúde da República Portuguesa; 2009.
II Renovação do acordo de cooperação para a prestação de serviços médicos entre Serviços Médicos Cubanos da República de Cuba e Administração Central do Sistema de Saúde do Ministério da Saúde da República Portuguesa; 2010.
III Renovação do acordo de cooperação para a prestação de serviços médicos entre Serviços Médicos Cubanos da República de Cuba e Administração Central do Sistema de Saúde. IP do Ministério da Saúde da República Portuguesa; 2011.
IV Renovação do acordo de cooperação para a prestação de serviços médicos entre Serviços Médicos Cubanos da República de Cuba e Administração Central do Sistema de Saúde. IP do Ministério da Saúde da República Portuguesa; 2014.
Serviço Nacional de Saúde. Relatório Social do Ministério da Saúde e do Serviço Nacional de Saúde. Lisboa: SNS; 2017.
Portugal. Administração Central do Sistema de Saúde. Avaliação dos médicos cubanos. IV Renovação do Acordo de Cooperação para a prestação de serviços médicos entre Serviços Médicos Cubanos da República de Cuba e ACSS, IP. do Ministério da Saúde da República Portuguesa. Lisboa: ACSS; 2015.
3º Termo de Ajuste ao 80 Termo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento de ações vinculadas ao projeto Ampliação do aceso da população brasileira à atenção básica em saúde, que entre si celebram o Ministério da Saúde/Fundo Nacional de Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde. 2013.
Brasil. Lei nº 12.871, de 22 de Outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e no 6.932, de 7 de julho de 1981 e dá outras providências. Diário Oficial da União 23 out 2013; Seção 1:1-4.
Ministério da Saúde. Programa Mais Médicos – dois anos: mais saúde para os brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
Comes Y, Trindade JS, Shimizu HE, Hamann EM, Bargioni F, Ramirez L, Sanchez MN, Santos LMP. Avaliação da satisfação dos usuários e da responsividade dos serviços em municípios inscritos no Programa Mais Médicos. Ciênc. saúde coletiva. 2016; 21(9): 2749-2759.
Girardi SN, Stralen ACS, Cella JN, Maas LWD, Carvalho CL, Faria EO. Impacto do Programa Mais Médicos na redução da escassez de médicos em Atenção Primária à Saúde. Ciênc. saúde coletiva. 2016; 21(9): 2675-2684.
Lima RTS, Fernandes TG, Balieiro AAS, Costa FS, Schramm JMA, Schweickardt JC, Ferla AA. A Atenção Básica no Brasil e o Programa Mais Médicos: uma análise de indicadores de produção. Ciênc. saúde coletiva. 2016; 21(9): 2685-2696.
Santos LMP, Oliveira A, Trindade JS, Barreto ICHC, Palmeira PA, Comes Y, Santos FOS, Santos W, Oliveira JPA, Pessoa VM, Shimizu, HE. Implementation research: towards universal health coverage with more doctors in Brazil. Bull World Health Organ. 2017; 95(2): 103–112.
Bucci MPD, Coutinho DR. Arranjos jurídico-institucionais da política de inovação tecnológica: uma análise baseada na abordagem de direito e políticas públicas. In: Coutinho DR, Foss MC, Mouallem PSB, organizadores. Inovação no Brasil: avanços e desafios jurídicos e institucionais. São Paulo: Blucher; 2017. p.313-39.
Molina J, Tasca R, Suárez J. Monitoramento e avaliação do Projeto de Cooperação da OPAS/OMS com o Programa Mais Médicos: reflexões a meio caminho. Cien Saude Colet. 2016; 21(9):2925-2933.
González JEC, Morales ECL, Ramos AD. Proyecto Mais Médicos para Brasil: nueva modalidad de colaboración cubana en el exterior. Rev Edumecentro. 2015; 7(1):171-177.
Sixty-Third World Health Assembly, Agenda Item 11.5, WHO Global Code of Practice on the International Recruitment of Health Personnel, WHA63.16 (May 21, 2010).
Huish R. Why Does Cuba ‘Care’ So Much? Understanding the Epistemology of Solidarity in Global Health Outreach. Public Health Ethics. 2014; 7(3): 261–276

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Derechos de autor 2021 Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário