Análise da equidade na distribuição do financiamento federal à Atenção Primária à Saúde entre os municípios do Ceará
Capa Cadernos Ibero-Americanos de Direito Sanitário v.10 n.1
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Palavras-chave

Equidade
Financiamento
Atenção Primária à Saúde

Como Citar

1.
Análise da equidade na distribuição do financiamento federal à Atenção Primária à Saúde entre os municípios do Ceará. Cad. Ibero Am. Direito Sanit. [Internet]. 18º de março de 2021 [citado 10º de dezembro de 2024];10(1):76-92. Disponível em: https://www.cadernos.prodisa.fiocruz.br/index.php/cadernos/article/view/724

Resumo

Objetivo: analisar a equidade na distribuição dos recursos da Atenção Primária à Saúde nos municípios do estado do Ceará. Metodologia: trata-se de um estudo ecológico, utilizando dados secundários de domínio público dos 184 municípios cearenses, entre 2004 e 2014. Coletou-se dados populacionais no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde; recursos recebidos de custeio da atenção primária no Fundo Nacional de Saúde e índice de desenvolvimento municipal no Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Calculou-se o gasto com atenção básica total e per capita por porte populacional dos municípios, sendo a análise realizada por gráficos de dispersão e boxplot. Resultados: foi revelada variação de aumento sequencial entre municípios de grande porte>municípios de pequeno porte>municípios de médio porte. O gasto per capita com a atenção básica apresentou variação: municípios de médio porte>municípios de grande porte>municípios de pequeno porte. Entre 2000 e 2014, o gasto com atenção básica per capita sobressai nos municípios de pequeno porte, passando de R$ 45,23 (2004) para R$ 132,97 (2014); nos municípios de médio porte de R$ 32,52 para R$ 97,05; e municípios de grande porte, de R$ 29,14 para R$ 82,10. Análises gráficas constataram maior crescimento dos gastos entre municípios de pequeno porte, de 2004 e 2012, apresentando queda em 2014. Conclusão: a política de financiamento da atenção primária do governo federal beneficiou os municípios de pequeno porte, apresentando tendência crescente de recursos entre 2000 e 2012, porém, em 2014, essa tendência se inverteu, o que é preocupante para a manutenção da Atenção Primária como base do Sistema Único de Saúde.

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