Resumen
Objetivo: el presente estudio investiga la violencia obstétrica a través de algunos jueces, observando la perspectiva del Poder Judicial brasileño sobre el tema. Metodología: esta es una revisión de la literatura, cuya investigación se llevó a cabo entre junio de 2019 y enero de 2020. Para la contextualización y el análisis del problema, se realizó una encuesta bibliográfica a través de fuentes científicas indexadas en las bases de datos Bireme, Latindex y Scielo. Los jueces analizados fueron seleccionados en el sitio web de Jusbrasil, cuyo muestreo se realizó a través de los resultados de búsqueda del término violencia obstétrica. Cinco fueron seleccionados como muestra para el desarrollo del artículo. Resultados: la violencia obstétrica puede considerarse un tipo de violencia de género, simbólica e institucional. Incrustado en la vida cotidiana de las mujeres, en muchas circunstancias, se naturaliza. Sin embargo, el aumento del acceso a la información, entre otros factores, ha provocado un cambio de actitud, evidenciado por el aumento de las denuncias y demandas judiciales. Sin embargo, a partir del examen de los jueces, fue posible identificar la falta de conocimiento de los magistrados sobre el tema, lo que a veces resulta en la mitigación de los derechos por parte del propio Poder Judicial. Conclusión: incluso a pesar del debate sobre la violencia contra las mujeres, la obstetricia todavía es poco discutida y muy invisible. Se manifiesta en una fase extremadamente delicada, el embarazo y el parto, mitigando no solo los derechos y la dignidad de las parturientas, sino también el feto. Además, la mayor incidencia de este tipo de violencia todavía se encuentra en entornos de hospitales públicos, cuyos usuarios son en su mayoría negros y pobres.
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