Resumen
Objetivo: realizar un análisis crítico sobre cómo la integración de la inteligencia artificial en la salud puede impactar la autonomía del paciente, abordando cuestiones como el paternalismo algorítmico, la gobernanza ética de los datos y la necesidad de una regulación eficaz. Metodología: se llevó a cabo una revisión crítico-narrativa cualitativa, estructurada en seis etapas: (1) formulación de la pregunta de investigación; (2) búsqueda y selección; (3) extracción de datos; (4) análisis crítico; (5) interpretación/discusión; y (6) presentación integrada de los hallazgos. Las búsquedas se realizaron entre marzo de 2024 y octubre de 2025 en un conjunto de sitios electrónicos relevantes para los temas de salud, bioética y gobernanza de la inteligencia artificial. Los descriptores se extrajeron de los Descritores em Ciências da Saúde y del Medical Subject Headings, en portugués e inglés, y se combinaron mediante los operadores booleanos “AND” y “OR”. Resultados: se evidenció que la inteligencia artificial ofrece avances significativos. No obstante, se identificaron riesgos para el principio de autonomía del paciente, especialmente cuando existe baja transparencia en los algoritmos o ausencia de supervisión humana. También se observó que el paternalismo algorítmico puede limitar la participación activa del paciente en las decisiones clínicas, lo que refuerza la necesidad de directrices éticas y regulaciones eficaces para garantizar un uso seguro y centrado en la persona. Conclusión: es imprescindible que la aplicación de la inteligencia artificial preserve la autonomía de los pacientes. La implementación de directrices éticas, la supervisión humana continua y la explicabilidad de los sistemas son esenciales para garantizar que la tecnología refuerce, en lugar de limitar, el control de los individuos.
Envío: 26/02/25| Revisión: 06/10/25| Aprobación: 07/10/25
Referencias
Organização Mundial da Saúde. Ética e governança da inteligência artificial para a saúde: orientação da OMS [Internet]. Genebra: OMS; 2021 [citado em 20 mar. 2024]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/341996
McCradden MD, Kirsch RE. Patient wisdom should be incorporated into health AI to avoid algorithmic paternalism. Nat Med [Internet]. 2023 abr. [citado em 20 mar. 2024];29(4):765-6. Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41591-023-02224-8
União Europeia. Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de abril de 2016. J Of Eur Union [Internet]. 2016 mai. 4 [citado em 9 nov. 2024]. Disponível em: http://data.europa.eu/eli/reg/2016/679/oj
Alanzi T, Alhajri A, Almulhim S, Alharbi S, Alfaifi S, Almarhoun E, et al. Artificial intelligence and patient autonomy in obesity treatment decisions: an empirical study of challenges. Cureus [Internet]. 2023 [citado em 2 nov. 2024];15(11):s/n. Disponível em: https://doi.org/10.7759/cureus.49725
Lamy M. Metodologia da pesquisa: técnicas de investigação, argumentação e redação. 2ª ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Matrioska Editora; 2020. p. 337-40.
Lorenzini G, Elger BS, Arbelaez Ossa L, Shaw DM. Inteligência artificial e a relação médico-paciente: expandindo o paradigma da tomada de decisão compartilhada. Bioética [Internet]. 2023 [citado em 2 nov. 2024];37:424-9. Disponível em: https://doi.org/10.1111/bioe.13158
Ramírez JGC. IA na área da saúde: revolucionando o atendimento ao paciente com análise preditiva e sistemas de suporte à decisão. Rev Int Artif Intell Ciênc Geral (JAIGS) [Internet]. 2024 jan. [citado em 3 nov. 2024];1(1):32-7. Disponível em: http://jaigs.org/index.php/JAIGS/article/view/7/2
Tucci V, Saary J, Doyle TE. Fatores que influenciam a confiança na inteligência artificial médica para profissionais de saúde: uma revisão narrativa. J Med Artif Intell [Internet]. 2022 [citado em 9 nov. 2024];5:1-14. Disponível em: https://jmai.amegroups.org/article/view/6664/html
Tucci V, Saary J, Doyle TE. Fatores que influenciam a confiança na inteligência artificial médica para profissionais de saúde: uma revisão narrativa. J Med Artif Intell [Internet]. 2022 [citado em 9 nov. 2024]; 5:1-14. Disponível em: https://jmai.amegroups.org/article/view/6664/html
Schaupp W. Autonomia revisitada: sobre a tensão entre autonomia e cuidado em cuidados de saúde. Studia Teologiczno-Historyczne Śląska Opolskiego [Internet]. 2022 [citado em 3 nov. 2024];42:1-16. Disponível em: https://doi.org/10.25167/sth.4752
Oyeniyi J. O papel da IA e dos aplicativos móveis na prestação de cuidados de saúde centrados no paciente. Rev Mund Pesq Avançada Revis [Internet]. 2024 [citado em 3 nov. 2024];22(1):1897-907. Disponível em: https://doi.org/10.30574/wjarr.2024.22.1.1331
Žaliauskaitė M. Papel de governante ou intruso? Direito do paciente à autonomia na era da inovação e das tecnologias. IA Soc [Internet]. 2021 [citado em 3 nov. 2024];36(573):573-83. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s00146-020-01034-7
Esquerda M, Pifarré-Esquerda F. Inteligência artificial em medicina: aspectos éticos, deontológicos e o impacto na relação médico-paciente. Med Clin (Barc) [Internet]. 2024 [citado em 3 nov. 2024];163(3):44-8. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.medcle.2024.03.005
Anyanwu EC, Okongwu CC, Olorunsogo TO, Ayo-Farai O, Osasona F, Daraojimba OD. Inteligência artificial na saúde: uma revisão de dilemas éticos e aplicações práticas. Int Med Sci Res J [Internet]. 2024 fev. [citado em 3 nov. 2024];4(2):126-40. Disponível em: https://fepbl.com/index.php/imsrj/article/view/755
Kubben P, Dumontier M, Dekker A, editores. Fundamentals of clinical data science. Cham: Springer; 2019 [citado em 9 nov. 2024]. Disponível em: https://doi.org/10.1007/978-3-319-99713-1
Jha S, Topol EJ. Adaptação à inteligência artificial: radiologistas e patologistas como especialistas de informação. JAMA [Internet]. 2016 [citado em 9 nov. 2024];316(22):2353-4. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/article-abstract/2588764
Bickmore T, O’Leary T. Agentes conversacionais em smartphones e web. In: Marsch L, Lord S, Dallery J, editores. Digital therapeutics for mental health and addiction: the state of the science and vision for the future. Cambridge: Elsevier; 2023 [citado em 9 nov. 2024]. p. 99-111. Disponível em: https://doi.org/10.1016/B978-0-323-90045-4.00010-1
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Recomendação do Conselho sobre Inteligência Artificial. OECD/LEGAL/0449 [Internet]. 2019 [atualizado em 2024; citado em 20 mar. 2024]. Disponível em: http://legalinstruments.oecd.org
Amnesty International, Access Now. Declaração de Toronto: protegendo o direito à igualdade e não discriminação em sistemas de aprendizado de máquina. Amnesty [Internet]. 2018 [citado em 3 nov. 2024]. Disponível em: https://www.amnesty.org/en/documents/pol30/8447/2018/en/
Grupo de Peritos de Alto Nível da União Europeia. Orientações éticas para uma IA de confiança. Comissão Europeia [Internet]. 2019 abr. [citado em 23 mar. 2024]. Disponível em: https://ec.europa.eu/digital-strategy/high-level-expert-group-artificial-intelligence_en
União Europeia. Regulamento Inteligência Artificial: resolução legislativa do Parlamento Europeu. União Europeia [Internet]. 2024 mar. 13 [citado em 25 maio 2024]. Disponível em: https://www.europarl.europa.eu/doceo/document/TA-9-2024-0138_PT.pdf
Canadá. Bill C-27: Digital Charter Implementation Act, 2022. Câmara dos Comuns do Canadá, Sessão 44, 1ª Sessão, 2021-2022 [Internet]. 2022 [citado em 3 nov. 2024]. Disponível em: https://www.noscommunes.ca
Brasil. Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA) [Internet]. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Secretaria de Empreendedorismo e Inovação; 2021 [citado em 3 nov. 2024]. Disponível em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/transformacaodigital/arquivosinteligenciaartificial/ebia-documento_referencia_4-979_2021.pdf
Brasil. Senado Federal. Projeto de Lei nº 2338, de 2023: dispõe sobre o uso da inteligência artificial [Internet]. Brasília (DF): Senado Federal; 2023 [citado em 23 mar. 2024]. Disponível em: https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=9347622&ts=1702407086098&disposition=inline

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2025 Klauss Carvalho de Malta, Marcelo Lamy (Autor)
