A confusão entre os conceitos de sedação paliativa e eutanásia é comum, e veio à tona recentemente, na pandemia da Covid-19, durante a crise de Manaus, onde faltaram balões de oxigênio e os médicos precisaram sedar pacientes que se encontravam em intenso sofrimento respiratório. A possibilidade da sedação paliativa, contudo, não pode justificar a falta de investimentos para que os recursos adequados, indicados e devidos estejam disponíveis para os pacientes.
Em entrevista da série “Fala aê”, a autora Maria Elisa Villas-Bôas, professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), comenta importância dos cuidados paliativos e de se conhecer os conceitos, destaca a responsabilidade acerca da sedação e coloca em debate a crise ocorrida em Manaus, fazendo uma crítica aos processos que levam à chamada mistanásia, isto é, a morte evitável causada por falta de recursos.
A temática é discutida no artigo Considerações ético-legais sobre a sedação paliativa: a discussão que a pandemia trouxe à tona no norte do Brasil da última edição do CIADS, que analisa a qualificação ético-legal da sedação paliativa, distinguindo-a de outras condutas, a partir de um estudo exploratório bibliográfico.
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A série de divulgação científica Fala aê, com o objetivo divulgar e popularizar a produção científica da Fiocruz Brasília, reúne entrevistas com os autores de diversas pesquisas e apresenta ao público os resultados de trabalhos científicos sobre variados temas em saúde pública.
Créditos: Fernanda Marques (Ascom Fiocruz Brasília)