Bioética Complexa e a saúde da mulher

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17566/ciads.v12i1.990

Palavras-chave:

Direitos da Mulher, Bioética, Reprodução, Direitos Sexuais e Reprodutivos, Saúde

Resumo

Objetivo: discutir diferentes abordagens éticas, na perspectiva do Modelo Bioética Complexa (MBC), sobre as questões da saúde da mulher. O MBC é uma reflexão que tem por finalidade verificar a adequação das ações envolvidas com os aspectos biológicos e biográficos, em uma perspectiva interdisciplinar, amparada por referenciais teóricos diversos e considerando também situações individuais e sociais. Metodologia: revisão narrativa de literatura, considerando múltiplas perspectivas bioéticas e éticas em relação aos temas de saúde da mulher. Resultados: os resultados de pesquisa envolvem a referência de 37 textos e considerações dos autores, fruto de pesquisas envolvendo o MBC há mais de 17 anos, em ambiente de saúde. Conclusão: a reflexão da adequação de avaliações e decisões na área da saúde da mulher deve envolver uma multiplicidade de aspectos e perspectivas, neste sentido é necessário que está visão complexa permeie o desenho de políticas de assistência à saúde.  

Submissão: 21/12/22 | Aprovação: 09/02/23

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • José Roberto Goldim, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

    Doutor em Clínica Médica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil; professor titular,  Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil; chefe, Serviço de Bioética, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2127-6594. E-mail: jgoldim@hcpa.edu.br

  • Márcia Santana Fernandes, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

    Doutora em Direito, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil; professora credenciada, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0455-4268. E-mail: marciasantanafernandes@gmail.com

Referências

Goldim JR. Bioética: Origens e Complexidade. Rev HCPA. 2006; 26(2):86–92.

Beauchamp TL, Childress JF. Princípios de ética biomédica. São Paulo: Loyola; 2002.

Potter V, Whitehouse PJ. Deep and global bioethics for a liable third millennium. Scientist. 1998;12(1):9.

Scliar M. História do conceito de saúde. Physis Rev Saúde Coletiva. 2007 [citado em 05 dez. 2022];17(1):29–41. doi https://doi.org/10.1590/S0103-73312007000100003

Lalonde M. New perspective on the health of Canadians: 28 Years later. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Heal. 2002 [citado em 05 dez. 2022];12(3):149–52. doi https://doi.org/10.1590/S1020-49892002000900001

Brasil. Ministério da Saúde. 8a Conferência Nacional de Saúde - Relatório Final. Brasília; 1986.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.

Horton R. Planetary health—worth everything. Lancet. 2018 Jun [citado em 05 dez. 2022]; 391(10137):2307. doi https://doi.org/10.1016/S0140-6736(18)31304-7

Brasil. Ministério da Saúde. Conferência Nacional de Saúde e Direitos da Mulher. Relatório Final. Brasília; 1986.

Dewey J. How we think: a restatement of the relation of reflective thinking on educational process. Boston: Heath; 1933.

Morin E. O método. Porto Alegre: Sulina; 1998.

Goldim JR. Bioética Complexa. In: Abejas A, Antunes ML. Bioética Complexa. Lisboa: LIDEL; 2022.

Agamben G. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: UFMG; 2002.

Goldim JR. Bioética complexa: uma abordagem abrangente para o processo de tomada de decisão. Rev AMRIGS. 2009; 53(1):58–63.

Jonas H. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto; 2006.

Martin LM. O Erro Médico e a Má Prática nos Códigos Brasileiros de Ética Médica. Rev Bioética. 1994; 2(2):163-173.

Jonas H. Ética, medicina e técnica. Lisboa: Vega; 1994.

D’Oliveria AFPL, Diniz SG, Schraiber LB. Violence against women in health-care institutions: an emerging problem. Lancet. 2002 [citado em 05 dez. 2022]; 359:1681–5. doi https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)08592-6

Conselho Federal de Medicina. Código de Ética Médica (Resolução CFM n° 2.217, de 27 de setembro de 2018, modificada pelas Resoluções CFM no 2.222/2018 e 2.226/2019). Brasília: CFM; 2018.

Pellegrino ED. Virtuous Physician, and the Ethics of Medicine. In: Shelp EE, editor. Virtue and Medicine. D. Reidel Publishing Company; 1985.

Hermann N. Phronesis: a especificidade da compreensão moral. Educação. 2007; 2(62):365–76.

Sponville AC. Pequeno Tratado das Grandes Virtudes André Comte-Sponville. Martins Fo. Brandão E, editor. São Paulo; 1999.

Brasil. Código Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 2002.

Kemp P. The globalization of the world. In: Philosophical Problems Today [Internet]. Berlin: Springer; 2004 [citado em 12 dez. 2022]. doi https://doi.org/10.1007/1-4020-3027-4

Gomes MN de A, Santos LK de O. Nota técnica para organização da Rede de Atenção à Saúde com foco na atenção primária à saúde e na atenção ambulatorial especializada - Saúde da mulher na gestação, parto e puerpério. Vol. 1, Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2019. 56 p.

Bobbio N. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus; 1992.

Han B-C. Infocracia: digitalização e a crise da democracia. Petrópolis: Vozes; 2022.

Singer P. Ética prática. São Paulo: Martins Fontes; 1993.

Abelard P. Ethical Writings: “Ethics” and “Dialogue Between a Philosopher, a Jew and a Christian.” Indianapolis: Hackett; 1995.

Weber T. Ética e Filosofia do Direito - Autonomia e Dignidade da pessoa humana. Petrópolis: Vozes; 2013.

Fernandes MS, Goldim JR. Os diferentes processos de consentimento na assistência à saúde e na LGPD - Parte II [Internet]. Migalhas. 2021 [citado em 05 dez. 2022]. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/coluna/migalhas-de-protecao-de-dados/356793/diferentes-processos-de-consentimento-na-assistencia-a-saude-e-na-lgpd

Ricoeur P. Finitude et culpabilité. 1. L´homme faillible. Paris: Editions Montaigne; 1960.

Gilligan C. Uma voz diferente. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; 1982.

Pellegrino ED. Nonabandonment: An Old Obligation Revisited. Ann Intern Med [Internet]. 1995 Mar 1 [citado em 12 dez. 2022];122(5):377. doi https://doi.org/10.7326/0003-4819-122-5-199503010-00010

Rezende JM De. Curar algumas vezes, aliviar muitas vezes, consolar sempre. In: À sombra do plátano: crônicas de história da medicina. São Paulo: UNIFESP; 2009 [citado em 12 dez. 2022]: 55–9. doi https://doi.org/10.7476/9788561673635.0006

Levinas E. Totalité et infini. La Haye: Martinus Nijhoff; 1961.

Ricoeur P. Ética e Moral. Covilhã: LusoSofia; 2011.

Downloads

Publicado

08-03-2023

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

1.
Bioética Complexa e a saúde da mulher. Cad. Ibero Am. Direito Sanit. [Internet]. 8º de março de 2023 [citado 25º de abril de 2024];12(1):92-104. Disponível em: https://www.cadernos.prodisa.fiocruz.br/index.php/cadernos/article/view/990